O depoimento do ex-prefeito de São José de Ribamar, José Eudes Sampaio Nunes, ao Supremo Tribunal Federal (STF), provocou uma reviravolta nas investigações sobre o suposto esquema de desvio de emendas parlamentares envolvendo deputados do PL.
Durante a audiência, Eudes afirmou nunca ter recebido recursos oriundos de emendas do deputado Josimar de Maranhãozinho (PL-MA) nem mantido contato com ele. Segundo o ex-gestor, os valores repassados ao município eram recursos de bancada, devidamente registrados e sem identificação de autoria parlamentar.
“Nunca tive relação com ele. Pelo contrário, ele apoiava meu adversário. Não houve contato nem recebimento de emenda”, declarou Eudes.
Os parlamentares Josimar de Maranhãozinho, Pastor Gil (PL-MA) e Bosco Costa (PL-SE), também investigados, negaram envolvimento em irregularidades e sustentaram que todas as emendas foram executadas conforme a lei.
Com os novos depoimentos, o inquérito no STF pode ganhar novos rumos.
Em março, a Corte havia aceitado denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os três, acusando-os de corrupção passiva e organização criminosa por supostamente solicitarem propina de R$ 1,6 milhão em troca da liberação de R$ 6,6 milhões em emendas. Todos negam as acusações.