A vereadora Flávia Berthier (PL), conhecida por representar a ala bolsonarista na Câmara Municipal de São Luís, afirmou durante pronunciamento na sessão desta quarta-feira (5) que vem sendo “punida politicamente” pelo presidente da Casa, vereador Paulo Victor (PSB), por não ter votado nele durante a eleição para a Mesa Diretora.
Segundo Flávia, sua decisão de não apoiar a candidatura de Paulo Victor se deu por divergências ideológicas. Ela declarou que ele representa “a extrema esquerda”, enquanto sua atuação parlamentar é alinhada à direita. A vereadora disse que, após a eleição, passou a perceber tratamento desigual na distribuição de benefícios administrativos internos, como indicações e apoios estruturais às atividades do mandato.
Durante o discurso, Flávia afirmou ter conversado diretamente com Paulo Victor sobre a situação, e que ele teria reconhecido que os favorecimentos estavam sendo concedidos apenas aos vereadores que o apoiaram na eleição. Porém, esses benefícios são públicos, são institucionais, deveriam ser iguais para todos os vereadores, independente de posição política ou voto.
A parlamentar classificou a situação como “perseguição política” e denunciou que a prática viola o princípio da impessoalidade na administração pública.
A fala de Flávia Berthier repercutiu entre parlamentares da Casa e nas redes sociais, reacendendo o debate sobre articulações políticas internas e uso da estrutura legislativa como instrumento de influência e controle. O episódio ainda pode gerar desdobramentos políticos e administrativos, caso seja levada a órgãos de controle ou à Comissão de Ética do Legislativo Municipal.