O presidente da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Flávio Dino, determinou nesta terça-feira (9/12) a intervenção da Polícia Judicial para retirar da tribuna o advogado Jeffrey Chiquini.
Responsável pela defesa de Filipe Martins, ex-assessor de Assuntos Internacionais de Jair Bolsonaro (PL), no inquérito do golpe, Chiquini foi enquadrado após insistir em apresentar questões de ordem, já rejeitadas pelo relator do caso, Alexandre de Moraes, durante o julgamento do chamado “núcleo 2” da trama golpista.
A escalada começou quando o advogado tentou emplacar três questões de ordem logo após a leitura do relatório de Moraes. Duas foram admitidas como questões regimentais, mas rejeitadas. A terceira, Dino descartou de imediato.
Entre os questionamentos, Chiquini queria anexar slides aos autos, o que Moraes respondeu que, se fossem relevantes, “já deveriam estar incluídos há muito tempo”. O advogado, que já havia se sentado, voltou à tribuna, sendo imediatamente repreendido por Dino.
“Doutor, por favor, não lhe foi concedida a palavra”. Chiquini prosseguiu, já sem áudio, enquanto Dino seguia na repreensão. Foi então que um policial judicial se aproximou e ordenou: “Por favor, volte ao seu lugar”.
O advogado ainda questionou a aproximação, ao que o ministro respondeu: “Eu dei a ordem para o policial”. Antes de finalmente deixar o espaço, o Chiquini parou olhou fixamente para o agente por dois segundos e só então se afastou.
A transmissão da TV Justiça seguiu apenas na imagem de Flávio Dino, sendo que nenhuma das reações de Chiquini fosse transmitida, enquanto a sala percebia o início da indisposição.

