Vice-prefeito e presidente da Câmara desmentem invasão e denunciam abuso de poder na Prefeitura de Itinga do Maranhão
Na manhã da última sexta-feira (12), uma situação envolvendo a ex-secretária de Finanças de Itinga do Maranhão, a Prefeitura Municipal e membros da alta cúpula política gerou repercussão após a divulgação de informações, que segundo a ex-secretária, são inverídicas.
O conteúdo acusava o vice-prefeito Edinho do Posto e o presidente da Câmara, Rivelino da Silva de Sousa, de suposta invasão à Secretaria de Finanças. Os fatos reais, no entanto, diferem completamente da narrativa divulgada.
Segundo apurado, a ex-secretária Ildilene Santos Oliveira foi exonerada de forma abrupta e sem qualquer comunicação oficial, tomando conhecimento do ato apenas com sua publicação no Diário Oficial do Município. Fontes próximas afirmam que a exoneração não causou surpresa, pois a secretária vinha sofrendo pressões de pessoas sem vínculo com a gestão, para assinar contratos e autorizar pagamentos suspeitos de — conduta à qual ela se negou firmemente.
Ao tomar ciência da exoneração, a ex-secretária dirigiu-se à sede da prefeitura para recolher seus pertences pessoais, seu computador próprio e cópias dos processos de pagamento que assinava como ordenadora de despesas, conforme exigido em futuras prestações de contas ao Tribunal de Contas do Estado (TCE).
No entanto, o que era para ser uma simples retirada de documentos se transformou em um episódio de intimidação e abuso de autoridade. O ex-prefeito Francisco Valbert (Quininha) teria acionado o chefe da Guarda Municipal, José Ribamar, que chegou à paisana e estaria armado, passando a ameaçar a ex-secretária e o vice-prefeito, que havia sido chamado ao local.
O caso foi levado às autoridades, com interpelação criminal protocolada contra o agente e, segundo informações, será seguido de um pedido de abertura de processo administrativo disciplinar para seu afastamento.
O episódio levanta perguntas sérias que ainda não foram respondidas:
– Por que impedir a retirada de um computador pessoal da ex-secretária?
– Quem acionou um guarda armado para intimidar servidores públicos?
– Por que tanto interesse em manter sob controle documentos que deveriam ser públicos e auditáveis?
Edinho do Posto e Rivelino da Pesca classificaram como “irresponsável e política” a tentativa de inverter a realidade dos fatos por meio informações divulgadas nas redes sociais, afirmando que se tratou de uma ação legítima, em defesa da legalidade e da transparência, para evitar o desaparecimento de documentos sensíveis.
“O que está em jogo é a integridade das contas públicas. Nosso compromisso é com o povo e com a verdade. Vamos até o fim para garantir que tudo seja apurado”, declarou o presidente da Câmara.
A sociedade aguarda que os fatos sejam esclarecidos com rigor pelas autoridades competentes.