Foram indiciados pela Polícia Federal os suspeitos Raimundo Nonato Ferreira de Sousa e Antônio Wesley Nascimento pela morte do indígena Paulo Paulino Guajajara e do madeireiro Márcio Gleik Moreira Pereira, na Terra Indígena Arariboia, no Maranhão, em 1º de novembro de 2019.

Segundo o delegado da Polícia Federal, Nathan Vasconcelos, as investigações apontam que os dois estavam na região praticando atividades de caça. Os suspeitos foram indicados por homicídio doloso, por porte ilegal de arma de arma de fogo e caça ilegal.

O índio que sobreviveu a troca de tiros, Laércio Guajajara, também foi indiciado no inquérito da PF.

De acordo com as investigações, o indígena foi acusado de porte ilegal de arma, furto e por dano causado nas motocicletas que foram apreendidas pelos índios com os não indígenas. Uma terceira pessoa, Clayton Rodrigues Nascimento, também foi indiciado por porte de arma e caça ilegal.

As investigações apontam que a troca de tiros aconteceu após índios terem furtado e depredado uma moto de ‘não indígenas’, e descartam a hipótese que o indígena havia sido morto em uma emboscada ou que o crime teria relação com conflitos étnicos.

O Defensor Público da União, Yuri Costa, que atua na defesa de Laércio Guajajara, afirma que os indígenas não teriam furtado a motocicleta, mas que haviam apreendido ela para apresentar como prova para a Fundação Nacional do Índio (Funai) e denunciar as invasões que estavam acontecendo na região.