Ex-prefeito do Maranhão confirma em audiência no STF pedido de dinheiro por agiota, em ação contra Josimar e Pastor Gil
O ex-prefeito de São José do Ribamar (MA) Eudes Sampaio confirmou em audiência no Supremo Tribunal Federal (STF) ter sido procurado por um agiota em busca de pagamentos pela liberação de recursos federais para a área de saúde do munícipio.
A suposta cobrança é a origem da ação penal contra os deputados do Partido Liberal (PL) Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Pastor Gil (PL-MA) e Bosco Costa (PL-SE).
Uma denúncia feita pelo prefeito, em 2020 e com o mesmo teor relatado no depoimento, iniciou a investigação da Polícia Federal (PF) que conclui pela cobrança de propina pelos parlamentares do PL em troca da liberação de emendas parlamentares.
A oitiva de Eudes nesta quarta-feira (13/8) foi a primeira da ação penal contra os três deputados. No depoimento, o ex-prefeito voltou a relatar um encontro que teve com Josival Cavalcanti, conhecido como Pacovan.
Pacovan é apontado na denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os deputados como o operador do esquema -ele foi assassinado em 2024.
Segundo o ex-prefeito, ainda em 2019, foi feito um pleito ao Ministério da Saúde para complementar a verba disponível para a área no município. Segundo Eudes, ninguém teria o procurado, nem ele teria ido atrás de deputados para a liberação do montante. Ele afirma que ficaram “na sorte”.