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Maranhão tem número de beneficiados com Bolsa Família maior do que de pessoas com carteira assinada

Redação

Maranhão tem número de beneficiados com Bolsa Família maior do que de pessoas com carteira assinada

Com 963.041 pessoas beneficiadas pelo Bolsa Família, o Maranhão é um dos três estados em que esse recurso tem sido a tábua de salvação, para algumas pessoas, para suprir as necessidades básicas, especialmente nesse período de tempos difíceis na economia. Esse número supera o de trabalhadores com carteira assinada, em mais que o dobro. São 477.742 trabalhadores no emprego formal, excluindo-se o setor público, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e do Ministério do Desenvolvimento Regional, em um levantamento feito pelo portal poder360. A lista tem ainda Bahia, com 1.654.765 trabalhadores no emprego formal e 1.840.202 com Bolsa Família; em segundo vem o Pará, com 729.808 trabalhadores e 966.117 beneficiários do Bolsa Família. Assim, dentre os estados do Nordeste, o Maranhão ocupa o segundo lugar no ranking.

Além de Bahia, Pará, Maranhão (os que encabeçam a lista), Alagoas, Piauí, Paraíba, Amazonas, Sergipe, Acre e Amapá têm mais beneficiários do Bolsa do que pessoas empregadas formalmente.

O Nordeste é a região que mais concentra beneficiários do Bolsa família, com 7,09 milhões, de acordo com o Ministério da Cidadania. Sudeste, Norte, Sul e Centro Oeste tem, respectivamente: 3,8 mi; 1,7 mi; 891.663 e 680.976.

Dentre os estados que tem mais beneficiados com o Bolsa Família no Brasil, o Maranhão ocupa o 4º lugar, ficando atrás da Bahia (1.840.202), Pernambuco (1.176.357) e Ceará (1.085.684).

A constatação é que esses dados dizem muito da concentração dos investimentos no País nas regiões do centro-oeste e sul, em detrimento das demais regiões, em especial a Nordeste. Dizem muito também da dependência financeira que o benefício causa.

“Isso nos mostra a necessidade de políticas públicas para a geração de emprego no Estado, e o quanto a população maranhense é dependente de programas sociais e transferências federais. O Bolsa Família é o programa de maior relevância social no Brasil, uma vez que, para muitos, ele é a única fonte de renda. A crítica ao programa, se dá no sentido de articulação mais eficiente com outras políticas, para que não se crie uma dependência temporal longa da transferência, e seja apenas uma ‘ajuda’ temporária, com incentivos à produção, empreendedorismo e outros”, opina Diêgo Henrique Matos Pinheiro, Mestre em Desenvolvimento Socioeconômico, Economista, Administrador e Professor de Administração da Estácio São Luís.