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Política

Veja os deputados federais do Maranhão que apoiam abertura de CPI do INSS

Redação

Veja os deputados federais do Maranhão que apoiam abertura de CPI do INSS

Deputados federais do Maranhão demonstraram apoio à instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

O requerimento de abertura da CPI, protocolado pela oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Câmara dos Deputados, recebeu a assinatura de 185 parlamentares, incluindo três maranhenses: Duarte Jr. (PSB), Allan Garcês (PP) e Aluisio Mendes (Republicanos).

A proposta da CPI é apurar um esquema de deduções indevidas de mensalidades associativas em benefícios de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024.

O episódio ganhou repercussão nacional após operação conjunta da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) revelar indícios de irregularidades envolvendo valores que somam R$ 6,3 bilhões no período. Segundo os investigadores, os descontos teriam sido feitos sem autorização dos beneficiários, com participação de entidades sindicais.

Mesmo sendo integrante da base governista, o deputado Duarte Jr. manifestou apoio à apuração rigorosa do caso, unindo-se aos oposicionistas Allan Garcês e Aluisio Mendes no requerimento. A instalação da comissão, no entanto, depende da decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), já que o regimento interno limita a cinco o número de CPIs em funcionamento simultaneamente — e atualmente não há nenhuma em vigor, apesar de haver outros 13 pedidos com assinaturas suficientes aguardando análise.

A investigação sobre as fraudes no INSS teve início com a operação da PF e da CGU deflagrada na semana passada, que resultou na exoneração do então presidente do instituto, Alessandro Stefanutto, além do afastamento de quatro dirigentes da autarquia e de um policial federal em São Paulo. Auditorias internas do INSS e relatórios da CGU já haviam apontado inconsistências relacionadas ao tema desde 2023.

A crise no órgão culminou na saída do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), confirmada na sexta-feira (2), após reunião com o presidente Lula. Em seu lugar, assume o ex-deputado federal Wolney Queiroz, que ocupava a Secretaria-Executiva da pasta. Lupi afirmou, em comunicado, que não foi citado nas investigações, mas que deixa o cargo com a convicção de que a apuração deve seguir até a responsabilização dos envolvidos.

O requerimento da CPI foi apresentado pelo deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) com apoio de 14 partidos. A investigação deve abranger todo o período de 2019 a 2024, incluindo gestões dos presidentes Jair Bolsonaro e Lula, uma vez que as irregularidades teriam se iniciado ainda no governo anterior e se perpetuado nos anos seguintes.