Dados apresentados pela CPI do Combustível na última quarta-feira, 14, apontam aumentos abusivos em 73% dos postos investigados na ilha de São Luís. As investigações foram feitas a partir da quebra de sigilo de mais de 200 postos em São Luís e no interior do estado, apontando que, a cada dez postos, sete aumentaram os preços de forma abusiva.

O presidente da Comissão, o deputado estadual Duarte Júnior (Republicanos), definiu uma investigação minuciosa através de documentações de distribuidoras, revendedoras, órgãos estaduais e federais.

Os abusos se caracterizaram por reajustes acima dos anunciados pela Petrobras, até agora somando oito este ano, sendo que alguns desses antecederam a definição de preços da estatal, ainda que o estoque do combustível fosse comprado pela distribuidora pelo valor antigo.

De acordo com o presidente da Comissão, além da alta exagerada de preços, os abusos estão também relacionados com a antecipação do reajuste que vigoraria em data futura. “73% dos postos fizeram reajuste considerado abusivo, ou seja, sem qualquer tipo de autorização por parte da Petrobras. Esses elementos são fundamentais para que o relatório da CPI possa dar ensejo a uma possível ação que venha determinar o valor cobrado ao consumidor”, afirmou o deputado.

Fiscalizações

As fiscalizações aos postos começaram na última terça-feira, 13, em São Luís. Num único dia 11 postos foram vistoriados pela CPI do Combustível que acompanhou a operação Instituto de Metrologia e Qualidade Industrial do Maranhão (Inmeq-MA) e foram analisados pontos como volumetria, qualidade da bomba, lacre e outros itens. A CPI do Combustível se reúne às segundas-feiras e tem prazo de 120 dias para a conclusão do relatório.